terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

ADRA encontra desafios na distribuição de suprimentos no Haiti


Mais de duas semanas após o terremoto no Haiti, agências de socorro estão lutando contra estradas bloqueadas e falta de organização centralizada enquanto tentam distribuir alimentos e água potável para os haitianos ao redor da capital, Porto Príncipe, dizem os obreiros.
Tarefas que tomariam questão de horas sob circunstâncias normais podem levar dias, disse Dan Weber, um operador de vídeo que está atuando com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA).
"Quando se descobre onde [os suprimentos] se acham esperando no aeroporto, tem-se que imaginar como transportá-los e daí fazer arranjos para segurança", comentou Weber. "isso significa que você precisa ter tropas [das Nações Unidas] ali para guardar o comboio ao movimentar-se".
Suprimentos médicos do Hospital Adventista da Flórida e da organização parceira Harvest International chegaram ao Haiti na última quinta-feira pela manhã, informou Weber, mas os obreiros da ADRA foram incapazes de entregá-los ao hospital até domingo à noite.
"Metade das ruas estão bloqueadas", explicou Weber. "Você precisa conhecer os roteiros -- tínhamos mapas das ruas bloqueadas. Você vai dirigindo e a próxima coisa que sabe é onde encontrará algumas centenas de pessoas vivendo em tendas na rua".
Weber acrescentou que conquanto a quantidade de ajuda disponibilizada no Haiti possa ser benéfica, há inevitáveis efeitos colaterais. "Logisticamente é um pesadelo. São tantos diferentes grupos de socorro tentando entrar e ajudar, o que é maravilhoso, mas tentar coordenar tudo isso junto à ONU ... é um duro processo no momento", ele comentou.
A despeito dos obstáculos, os obreiros da ADRA distribuíram 45 toneladas de arroz, feijão e outros artigos alimentícios para mais de 15.000 sobreviventes desabrigados ainda vivendo no campus da Universidade Adventista do Haiti, informou a agência. A distribuição, que teve lugar na segunda-feira, foi o último de vários projetos assistidos pela ADRA.
A ADRA e a organização parceira Global Medic também treinou 20 haitianos com motocicletas para estabelecer sistemas de filtragem de água em áreas sem acesso a água potável. Os motociclistas viajam ao redor da cidade, bombeando água pura e entregando tabletes de purificação. Pelo seu tempo esses motociclistas recebem comida, um pequeno salário e reembolso pelo combustível. Funcionários da ADRA no Haiti dizem que esperam ter um total de 30 motociclistas em breve.
O índice de mortos entre membros da Igreja Adventista é atualmente de 600, informaram dirigentes denominacionais. Em metade das 115 igrejas que desabaram na região considera-se ter havido perda total, e cerca de 25.000 adventistas estão desabrigados. Os escritórios locais da denominação, bem como dormitórios da universidade, sofreram pesadas perdas

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